Relativizar o Estado
Cristo enviou-nos para o mundo mas nunca prometeu que este nos compreenderia. A Igreja passou por momentos que parecem contraditórios, desde um cesaro-papismo nítido a uma teocracia clara, desde uma proposta de separação colaborante a um clima de hostilidade e perseguição. Hoje sentimo-nos no seio da sociedade e a responsabilidade de ser semente, que para dar vida morre, é o paradigma que nos acompanhará sempre. Advogando uma laicidade inclusiva não podemos aceitar ser excluídos dum processo de humanização integral. O Estado democrático não pode ser militantemente ateu e deixar de reconhecer, respeitar e procurar satisfazer a opção dos cidadãos a quem proporciona as condições necessárias para viver a sua religião, respeitando as outras crenças. Se isto acontecer, a missão de colocar o Evangelho nos meandros da sociedade será mais fácil; se não se der, resta-nos o caminho do serviço a todos e, preferencialmente, aos mais pobres". (D. Jorge Ortiga abordar a relação da Igreja com a sociedade, no discurso de abertura da assembleia da CEP, hoje proferido)
2 Comments:
É do estado, ou seja, dos Políticos que a sociedade espera valores mais sólidos, a liberdade é um desses valores. Respeitar o outro, independentemente, da sua raça ou crença, amar a Pátria alheia como a nossa é dever de todos nós e, assim, somos a semente que vai criar raizes nos jovens, assegurando um futuro mais justo...
Sim, estou de acordo, se o Estado é ateu não pode assegurar os princípios religiosos.Depois de ouvir D. Jorge Ortiga, fiquei bem ilucidada e passo a entender melhor toda esta insegurança e violência em que o País está mergulhado. Cabe aos cristãos actuar numa cidadania activa, para alcançarmos uma sociedade mais justa e humana. Ele apela à comunhão entre a Igreja e os leigos.
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