Webstats4U - Web site estadísticas gratuito El contador para sitios web particulares
Contador gratuito O Estadulho: Relativizar o Estado

segunda-feira, março 31, 2008

Relativizar o Estado

"Mergulhados na actualidade, deparamos com um desafio inédito, que pode motivar-nos ou refugiar-nos em saudosismos. Para que a paixão e encanto, no momento presente, aconteça, há uma mentalidade a adquirir ou confirmar. A Igreja tem de viver em relação permanente e responsável com a Sociedade e relativizar o Estado que, sabemo-lo bem, pode proteger ou hostilizar e fazê-lo de um modo claro ou camuflado. Todos conhecemos o que deveríamos poder esperar duma autoridade legitimamente constituída: sublinhar a liberdade de culto e de consciência e ao mesmo tempo proporcionar todas as condições para que ela seja exercida em espírito de igualdade e tolerância.
Cristo enviou-nos para o mundo mas nunca prometeu que este nos compreenderia. A Igreja passou por momentos que parecem contraditórios, desde um cesaro-papismo nítido a uma teocracia clara, desde uma proposta de separação colaborante a um clima de hostilidade e perseguição. Hoje sentimo-nos no seio da sociedade e a responsabilidade de ser semente, que para dar vida morre, é o paradigma que nos acompanhará sempre. Advogando uma laicidade inclusiva não podemos aceitar ser excluídos dum processo de humanização integral. O Estado democrático não pode ser militantemente ateu e deixar de reconhecer, respeitar e procurar satisfazer a opção dos cidadãos a quem proporciona as condições necessárias para viver a sua religião, respeitando as outras crenças. Se isto acontecer, a missão de colocar o Evangelho nos meandros da sociedade será mais fácil; se não se der, resta-nos o caminho do serviço a todos e, preferencialmente, aos mais pobres". (D. Jorge Ortiga abordar a relação da Igreja com a sociedade, no discurso de abertura da assembleia da CEP, hoje proferido)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É do estado, ou seja, dos Políticos que a sociedade espera valores mais sólidos, a liberdade é um desses valores. Respeitar o outro, independentemente, da sua raça ou crença, amar a Pátria alheia como a nossa é dever de todos nós e, assim, somos a semente que vai criar raizes nos jovens, assegurando um futuro mais justo...

10:25  
Anonymous Anónimo said...

Sim, estou de acordo, se o Estado é ateu não pode assegurar os princípios religiosos.Depois de ouvir D. Jorge Ortiga, fiquei bem ilucidada e passo a entender melhor toda esta insegurança e violência em que o País está mergulhado. Cabe aos cristãos actuar numa cidadania activa, para alcançarmos uma sociedade mais justa e humana. Ele apela à comunhão entre a Igreja e os leigos.

13:11  

Enviar um comentário

<< Home