Sítios e Monumentos

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios que hoje ocorre é motivo para se olhar com mais atenção para os bens culturais que a natureza e o ser humano criou. Todos conhecemos e visitámos alguns edifícios classificados como monumentos nacionais ou de interesse público. A classificação foi a razão para que o estado, através de instâncias apropriadas, pudesse garantir a protecção, conservação e a valorização mais adequada. Em muitos locais por esse país fora, os requerentes, sobretudo autarquias apressaram-se a pedir a classificação sem que os proprietários fossem informados atempadamente do processo em curso e das consequências, vantagens e desvantagens. Isto aconteceu em relaçãoa edifícios religiosos que constituem a grande maioria dos edifícios classificados. Qualquer olhar atento, sabe que a Igreja, apesar dos fracos recursos, tem feito um esforço em manter restaurados os templos que usufrui e que não são propriedades suas. Paralelamente, vemos anexos a estes templos ruínas de conventos, mosteiros e outros edifícios outrora pertencentes à Igreja e que hoje são propriedade do estado que os deixou degradar e arruinar. O mais grave é que hoje fala-se muito de cultura, investe-se e gasta-se muito dinheiro na cultura e não se investe quase nada na conservação dos bens culturais, móveis e imóveis. O próprio estado demite-se, os organismos competentes extinguem-se nas sucessivas reformas administrativas e os que surgem com a tutela parecem serem insensíveis ao alastrar de toda as espécies de silvas e decapagens que colocam a nu o estado a que muitos monumentos e sítios chegaram.