Pontevedra, Galiza: Monumento à poetisa galega Rosalia de Castro (1837-1885)
Duas pombas eu vi que se encontraram
Cruzando espaços
E ao resvalar suas asas se tocaram…
Por magia talvez, ao toque leve
As duas estremeceram,
E um doce encanto, indefinido e breve,
Nas suas almas se sentiram.
E mudando a marcha num momento
Ao contemplarem-se loucas
Ficaram alegres no vento
Como um cisne nas ondas
Juntaram-se e voaram
Unidas ternamente
E um mundo novo a seu prazer procuraram
E outro mais puro ambiente (...)
(...) E assim vivendo eternas flores
Seus dias coroaram,
E nunca os amargos dissabores
Suas delícias perturbaram.
Rosalía de Castro (traduzido por Camanfer)